MANÁ DIÁRIO O PREGADOR: A SOGRA DO MEU AMIGO

“Porque,

se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor,

é semelhante ao homem

que contempla ao espelho o seu rosto natural;

Porque se contempla a si mesmo,

e vai-se, e logo se esquece de como era.

Aquele, porém,

que atenta bem para a lei perfeita da liberdade,

e nisso persevera,

não sendo ouvinte esquecidiço,

mas fazedor da obra,

este tal será bem-aventurado no seu feito.

Se alguém entre vós cuida ser religioso,

e não refreia a sua língua,

antes engana o seu coração,

a religião desse é vã.

A religião pura e imaculada para com Deus,

o Pai, é esta:

Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações,

e guardar-se da corrupção do mundo.”.

(Tiago 01:23-27).

- Outro dia conversando com um amigo sobre assuntos diversos, ele contou-me uma história que desenha fielmente o quadro atual de algumas igrejas cristãs.

- Trata-se da história de vida da sogra deste meu amigo.

- Membro de uma “igreja cristã”, esta amada irmã, além de ser “dizimista fiel”, também era conhecida na comunidade como “pau pra toda obra”, ou seja, era membro atuante em todas as áreas de sua igreja.

- Acontece que esta amada ficou muito enferma (câncer), e devido sua doença, não pode mais freqüentar as reuniões de sua igreja.

- Em casa, acamada, sentia-se esquecida pela irmandade, até que um dia, o pastor da igreja e mais alguns irmãos resolveram lhe fazer uma visita.

- Meu amigo disse ter pessoalmente recebido os visitantes e pediu a gentileza de que estes se dirigissem ao quarto de sua sogra, pois ela, enferma, não podia levantar-se de sua cama.

- O pastor e os obreiros, dirigiram-se até onde ela estava, cantaram hinos, oraram, e conversaram com ela.

- Tudo acontecia perfeitamente bem até o momento em que o pastor resolveu achar um motivo para a doença da nossa amada irmã.

- Porém, antes de apontar um motivo para a terrível doença, o pastor lembrou a amada de que a “cadeira” da igreja onde ela sentava, sentia saudades dela...

- Logo após este momento emocionante, onde até as cadeiras da igreja sentiam saudades da sua ex- ocupante, o pastor disse que o motivo de sua doença, era que a amada havia parado de dizimar na igreja.

- Disse que se ela voltasse a dizimar, Deus a curaria de sua enfermidade.

- Meu amigo revoltado, perguntou-me o que eu achava sobre o acontecido.

- Ele queria saber se isto era algo bíblico, ou se o pastor estava apenas se aproveitando da situação daquela irmã enferma e emocionada.

- Para não me comprometer fazendo um mau juízo sobre uma questão da qual eu não estava totalmente ciente dos fatos e evidências, afinal eu estava ouvindo somente o relato do meu amigo (não ouvi a versão do pastor), aproveitei a situação para pregar como em minha modesta opinião um pastor bíblico, deveria agir em uma situação destas.

- Imagine amado (a), você sendo pastor (a) de uma igreja onde um membro contribuiu durante a vida inteira com dez por cento do seu salário.

- Um dia este membro adoece, e devido o custo dos remédios não pode mais dizimar e ofertar.

- O correto não seria você pastor (a), reunir os demais irmãos, fazer uma coleta e levar uma ajuda financeira para o membro adoentado?

- Afinal de contas, a Igreja não é uma família?

- Qual o pai de família que vendo a filha doente não ajudaria financeiramente para a recuperação de sua filha?

- Os pastores costumam dizer que são nossos pais na fé, então na hora das dificuldades dos filhos, deveriam agir como verdadeiros pais.

- Não estou generalizando amado (a), estou apenas fazendo uma reflexão.

- É justo o pai na fé deixar a filha a Deus dará?

- Afinal de contas o dízimo dela ajudou a construir o templo onde o “pai na fé” prega, como também ajudou a sustentar a família dele.

- Bem, agora ela esta doente, é hora do “pai na fé” mostrar gratidão por tudo que ela fez por ele.

- É hora da igreja cheia de amor pelo próximo demonstrar sua fé através das obras.

- Tudo isto me fez lembrar as palavras de Jesus:

“O ladrão não vem senão a roubar,

a matar, e a destruir;

eu vim para que tenham vida,

e a tenham com abundância.

Eu sou o bom Pastor;

o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

Mas o mercenário,

e o que não é pastor,

de quem não são as ovelhas,

vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge;

e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas.

Ora, o mercenário foge,

porque é mercenário,

e não tem cuidado das ovelhas.”.

(João 10:10-13).

- Jesus disse que o mercenário (trabalha por dinheiro) foge quando o lobo vem.

- Quando o lobo da enfermidade vem sobre as ovelhas, o mercenário foge.

- O mercenário se esconde atrás do título de pastor a vida inteira, mas quando o lobo vem, ele mostra quem ele realmente é: NADA!

- Na hora da doença, da miséria, o mercenário foge!

- O compromisso dele é somente com o alto salário que recebe da “igreja”, ocupa a função de pastor, mas é ladrão, assassino e destruidor.

- O mercenário se apoderou das ovelhas do Pastor Jesus roubando-lhes a fé genuína, assassinando a verdade e destruindo o rebanho.

- E quando o lobo da enfermidade vem, o mercenário coloca a culpa na pobre da ovelha que foi “infiel” no dizimo.

- Esta amada irmã, a sogra do meu amigo, viveu e morreu sendo enganada pelo sistema religioso.

- Em seu leito de morte ainda teve de ouvir de seu “pastor” que estava doente porque fora infiel para com Deus.

- Este “pastor” quase praticou a verdadeira religião, pois visitou a viúva como mandam as Escrituras:

“A religião pura e imaculada

para com Deus, o Pai, é esta:

Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações,

e guardar-se da corrupção do mundo.”.

(Tiago 01:27).

- Porém, visitar as viúvas e os órfãos, não é fazer uma visita do tipo ir tomar um café e comer biscoito, visitar é AJUDAR!

- Visitar não é chupar o sangue e arrancar a unha das ovelhas.

- Este pastor foi visitar a pobre viúva, porém, seu coração já havia se corrompido.

- Em vez de levar AJUDA, foi buscar o dízimo.

- E o que corrompeu o coração deste pastor, foi o sistema religioso.

- Amado (a), não permita que o sistema faça isto com você também.

- Faz tempo que eu não me assento mais no banco destas empresas religiosas.