- Nunca houve nem haverá alguém como Ele.
- Ninguém conseguia passar a mensagem do evangelho com tanta autoridade, clareza, paciência e sabedoria.
- E logo Ele, o filho do carpinteiro.
- As pessoas se assustavam quando viam aquele jovem que eles conheciam da carpintaria do saudoso José, erguendo-se em meio à multidão e dizendo aos seus discípulos:
"Dai-lhes de comer!".
- Como poderia ser?
- Ele, que havia crescido entre serrotes e martelos, agora andava sobre o mar.
- Parece um enigma.
- O carpinteiro, tão acostumado com madeira e pregos, acabou morto exatamente através de seus antigos instrumentos de trabalho...
- E o que dizer dos endemoniados, dos cegos, dos surdos, dos mudos, dos aleijados, todos libertos pela sua palavra?
- E que palavra. Algo que Ele fez questão de tornar claro através de insistentes parábolas, alegorias, metáforas...
- Nada de teologia complicada.
- Termos técnicos.
- Não, os pescadores não entenderiam.
- Os cobradores de impostos e as prostitutas também não.
- Seu ensino era tão abertamente claro e óbvio, que nem o pobre Nicodemos conseguiu captar sua mensagem, e sabe por quê?
- Porque tinha teologia demais na cabeça.
- Tradição demais na cabeça.
- Por isso meu mestre gostava de crianças: sua mente é limpa, pura e inocente.
- Não trás preconceitos ou julgamentos precipitados.
- Ao final de sua jornada não fugiu ao seu estilo simples e objetivo de ensinar, quando dá as últimas instruções aos seus discípulos:
"Ide e pregai o evangelho a toda criatura"
"fazei discípulos de todas as nações!".
- Quem passou a vida toda ensinando, termina seu ministério terreno mandando ensinar, como se dissesse "não parem de pregar a verdade!".
- Ele não mandou construir templos suntuosos.
- Ele não mandou que as pessoas se preocupassem em usar roupas caras ou importadas.
- Ele não mandou que transformassem a sua casa em lugar de comércio.
- Ele não mandou que inventassem modismos teológicos para complementar tudo o que havia dito.
- Sua palavra sempre foi, é e sempre será mais do que suficiente.
- Ele não mandou que as pessoas se ocupassem de questões tolas, como por exemplo, descobrir quantos espinhos havia em sua coroa de espinhos ou se a cruz onde foi colocado não era para ele e sim para Barrabás.
- Ele não mandou comercializar sua Palavra.
“De graça recebeste, de graça daí!”.
- Ele não mandou matar em seu nome.
- Ele veio para que tivéssemos vida, e vida em abundância.
- Ele não mandou que adorássemos sua mãe.
- Ele não mandou lutar pelo melhor lugar na obra.
- Seus discípulos fizeram isso, e foram repreendidos por ele.
- Ele não mandou que buscássemos os melhores lugares nas sinagogas.
- Os fariseus faziam assim.
- Ele não mandou que olhássemos somente para aqueles a quem amamos e são nossos irmãos.
- Na verdade ele disse para fazer exatamente o contrário disso.
- Ele não mandou que ficássemos dentro de uma igreja a semana toda, achando que isso é tudo o que é ser cristão.
- Na verdade ele cobra de nós ação, atitude, movimento.
- Ele nunca ficou parado.
- Ele não mandou que criássemos complexos mecanismos ritualísticos, cheios de interpretações teológicas, para que as pessoas fossem libertas, salvas, abençoadas e cheias do Espírito Santo.
- Seu sangue, seu nome e sua Palavra são tudo o que nós temos e precisamos para que essas coisas sobrevenham.
- Enfim, ele não nos mandou mandar.
- Ele é maravilhoso.
"A ÚNICA VERDADE QUE LIBERTA É A DE DEUS
AS OUTRAS APENAS MACHUCAM"
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